Vivemos em um mundo onde as pessoas dão muita atenção as desgraças e vídeos cacetadas que acontecem aqui e ali e esquecem de olhar coisas importantes do seu dia-a-dia.
Uma dessas coisas são os números!
Você, caro leitor, já parou para pensar como eles são importantes em nossas vidas? Quantas vezes você os utiliza em um único dia? Qual é a história deles? Como eles surgiram?
Pois é, alguém pode afirmar que os números que atualmente utilizamos vem das arábias, os chamados algarismos arábicos.
Mas, isso não é correto!
É verdade que foram os árabes que difundiram os algarismos no ocidente e acabaram levando a fama. Aliás, a palavra algarismo vem do nome do famoso matemático árabe Al-khwarizmi, que era conhecido pelo apelido de Alcuarismi.
No entanto, esses símbolos foram adaptados por eles, vindos dos hindus, que, por sua vez, adaptaram dos babilônios/sumérios, que adaptaram dos egípcios etc.
Portanto, o correto é dizer que os algarismos que atualmente utilizamos, são fruto de uma evolução que aconteceu através dos tempos.
Nos primórdios da humanidade, não se conheciam os dígitos ou símbolos representativos dos números. Eles utilizavam pequenas pedras, pauzinhos e, principalmente, os dedos da mão.
Não é à toa que o sistema que atualmente utilizamos é o decimal (base 10) vindo, ao que tudo indica, da quantidade dos dedos das mãos. Além disso, é sempre bom lembrar que a palavra dedo, vem do latim digitus.
Falando no sistema decimal (base 10), tem matemáticos querendo mudar para o duodecimal (base 12).
Pois é, eles alegam que, embora estejamos acostumados com o sistema decimal, matematicamente, ele não é o melhor.
Pensando bem, eles tem razão: o número 10 só pode ser dividido por 2 e pelo 5, ao contrário do 12 que aceita o dobro disso, ou seja, pode ser divido 2, 3, 4 e 6, sem contar que a “base 12” já é muito utilizada no nosso dia-a-dia. Ora, você compra ovos em dúzias, o número 12 é a base da medida do tempo (relógio): 12×5=60 (valor dos minutos), também é utilizado na medida de ângulos: 12×30=360 (medida de um círculo), além das coordenadas geográficas e de outras aplicações.
Pois é caro leitor, se essa mudança vai acontecer ou não, ainda não se sabe, mas, não se esqueça que uma grande mudança já aconteceu e quase ninguém percebeu: os computadores que você usa no dia-a-dia e que são tão “inteligentes” que não fazemos mais contas sem eles, utilizam o sistema binário (base 2), ou seja, 0 e 1 (só dois números).
Já os antigos romanos não tinham base nenhuma definida. Eles copiaram dos áticos (antigo povo grego que vivia perto de Atenas) o sistema que identificava os números através de letras (utilizado até os dias atuais). Visualmente até que é bonito, mas o grande problema do sistema deles é a ausência do zero (eles não o conheciam). Claro que um antigo romano, jamais iria vender o seu burrinho, a prazo, com taxa zero!
Quem também não conhecia o zero eram os babilônios e os sumérios. Na verdade, eles até conheciam, mas não usavam, pois designavam o zero por um espaço vazio, chamado no idioma sânscrito de sipr ou cipher, e conhecido pelo nome latino de zephirum (zero).
No entanto, não podemos esquecer que foram os babilônios e os sumérios, os primeiros a usar o sistema sexagesimal (base 60 e múltiplo de 12), que agora, depois de tanto tempo, os matemáticos querem reimplantar.
Que a paz esteja com todos. Darci Men