A brasileiríssima cachaça é um ícone da nossa cultura popular, não só pela sua singularidade, mas, principalmente, pelos folclóricos nomes atribuídos a essa popularíssima bebida.
Bem, todo brasileiro conhece a maioria desses nomes, mas, vamos relembrar alguns:
(Pinga, aguardente, branquinha, mé, cangebrina, amansa corno, preciosa, levanta velho, água benta, chora pau e tantos outros).
Existem controvérsias sobre as origens desses nomes, mas, as mais aceitas são:
No caso da própria cachaça, ao que tudo indica, vem de cachaza, vinho de borra produzido originalmente em Portugal e Espanha.
Já a aguardente, vem do latim acqua ardem (água ardente ou que pega fogo), uma espécie de álcool que teve origem nos antigos gregos.
Agora, quanto à conhecidíssima pinga, dizem que teve uma origem mais simples, mas, não menos curiosa:
Na época colonial brasileira, nos imensos galpões onde era fervido o melaço da cana de açúcar (matéria prima da cachaça), o vapor do melaço grudava no teto e pingava nos escravos que ali trabalhavam. Daí o nome “pinga”, algo que pingava e, além de saboroso, tinha um bom teor alcoólico. Claro que sempre tinha alguém que dava umas “lambidinhas” …
Bem, curioso mesmo á a Cangebrinae pode não parecer, mas dizem que a dita cujaexistiu mesmo:
Ela era uma serva na corte Imperial Brasileira e gostava de uma “cachacinha” como ninguém. Contam que a coitada foi executada por matar o marido, pois ele, além de servir à corte, prestava também “serviços especiais” na cama da rainha. Por tudo isso, ela acabou virando uma espécie de santa dos cachaceiros.
Quanto aos demais nomes eu não sei, isto é, não tenho informação segura, se alguém souber…
Mas, engana-se quem pensa que a cachaça só é apreciada no Brasil.
Saiba que ela é exportada para mais de 80 países, gerando um volume de aproximadamente sete bilhões de reais por ano.
Aqui em São Paulo e em Belo horizonte são efetuadas duas grandes exposições por ano, as “expocachaças”, mais voltada para os produtores e comerciantes do que para o consumidor final, tal é sua importância econômica.
Pouca gente sabe, mas tem até o Instituto da cachaça ou IBRAC – Instituto Brasileiro da Cachaça e, tem também, o dia da cachaça, comemorado em 13 de setembro.
O fato que não podemos negar, embora alguns contestem, é que se trata de uma excelente bebida!
Apesar do seu sucesso nacional e internacional, muitas pessoas confundem a boa cachaça com a pinga comum de má qualidade e acaba por generalizar uma “áurea marginal” dessa bebida. Mas eu, como bom apreciador dessa brasileiríssima bebida, estou fazendo a minha parte e divulgando as suas curiosidades.
Que a Paz esteja com todos.
Darci Men