Você, caro leitor, já ouviu a música cantada pela Elis Regina: ‘COMO NOSSOS PAIS”?
Pergunta idiota, não é mesmo? Praticamente todos neste país já ouviram essa música.
Então, eu vou reformular a pergunta:
Você que ouviu essa música, entendeu direito o recado que o autor quis dar com ela?
Ah! Te peguei!
Em meados de 1970, quando o cantor e compositor Belchior criou essa música e a entregou para a fantástica Elis Regina interpretar, o resultado não poderia ser outro: um estrondoso sucesso!
Pois é, estamos em 2024, e o que essa música nos ensinou?
Bem, na época, o autor quis dar uma espécie de “puxão de orelhas” na juventude acomodada, pois, segundo ele, em tempos anteriores lutou e questionou por seus direitos, mas, depois…
Um trecho da música:
“Faz tempo eu vi você na rua, cabelo ao vento, gente jovem reunida e essa lembrança é o quadro que dói mais”.
De uma forma “cifrada” ele dá a entender que a juventude tinha se transformado naquilo que criticava:
“Mas é você que ama o passado e que não vê, que o novo sempre vem”.
Reafirmando a sua reclamação daqueles que se acomodaram:
“Hoje eu sei que quem me deu a ideia de uma nova consciência e juventude, tá em casa, guardado por Deus, contando vil metal’.
A reclamação final é a melhor de todas:
“Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos, nós ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais”.
Então caro leitor, parece que ninguém aprendeu a lição:
Hoje, ao invés de melhorar, a coisa piorou, e muito!
Atualmente, aquela juventude de outrora, além de incapaz de lutar por seus direitos, ainda se especializou em fazer um verdadeiro CULTO DA MEDIOCRIDADE, escolhendo os piores políticos, artistas e afins. Preciso dizer mais?
O pobre Belchior deve estar se “remoendo” no túmulo e se fosse fazer hoje a sua preciosa música, certamente o título seria outro: ao invés de “COMO NOSSOS PAIS”, seria: “PIOR QUE NOSSOS PAIS”.
Que a paz esteja com todos.
Darci Men