Somos Todos Alienados?

Jingle bells, jingle bells, acabou o papel…

Brincadeira à parte, mas, quando falamos de Natal, temos de respeitar os costumes e as crenças de cada um, mas, inevitavelmente, fica a pergunta:

O que efetivamente comemoramos no Natal?

— Ora, – você me responderia – todo mundo sabe que no Natal comemoramos o nascimento de Jesus Cristo!

Certo! Isto é o que todos dizem. Mas seria isso mesmo?

Deixando de lado as crenças religiosas, os costumes e os apelos comerciais e analisando friamente a questão, chegamos à conclusão de que quase tudo nesse evento deu-se por algum interesse religioso ou comercial.

Veja comigo:

A data de 25 de dezembro

Não existe nenhuma prova concreta do nascimento de Jesus Cristo nesta data. Uns falam que foi em abril, outros que foi em janeiro, mas ninguém sabe efetivamente a data correta.

Na verdade, 25 de dezembro marca o solstício de inverno, em que se realizava uma grande festa pagã, ou seja, o nascimento anual do Deus Sol (a Saturnália, como era conhecida).

Foi o Papa Júlio I, no ano 350 d.C., quem proclamou o dia 25 de dezembro como data oficial do nascimento de Jesus Cristo. A ideia era substituir a festa pagã por outra cristã. Deu certo!

Os presentes

Existe quem prega que o costume de presentear no Natal veio dos Três Reis Magos que teriam presenteado o menino Jesus logo após o seu nascimento.

Errado! Os três reis, que alguns chamam de simples astrólogos, realmente teriam presenteado Jesus Cristo, mas com outro objetivo, ou seja, como súditos de um rei (um costume normal da época). O fato é que eles acreditavam que a profecia tinha se cumprido e Jesus seria o futuro “Rei dos Judeus”.

Na verdade, o costume de se presentear veio do próprio Papai Noel, que nunca se chamou Noel, mas Nicolau. São Nicolau, por volta de 280 d.C., era bispo de Mira (atual Turquia) e tinha o costume de presentear os pobres no final de cada ano (nada a ver com o advento do nascimento de Cristo).

O nome Papai Noel, ou outro qualquer, assim como o fato de se presentear no Natal, foi criado por pessoas ou entidades interessadas na propagação do evento.

As músicas

A maioria das músicas de Natal foram criadas ou adaptadas com objetivos nitidamente comerciais ou religiosos.

O maior exemplo é a mais famosa delas: o Jingle Bells (Batem os sinos).

Originalmente, essa música foi criada como uma canção para o Dia de Ação de Graças e chamava-se One Horse Open Sleigh (Andar na neve com um trenó puxado por um cavalo).

É interessante ver a tradução do seu refrão original e perceber que não tinha nada a ver com o Natal:

Batem os sinos, batem os sinos

Batem por todo o caminho.

Ó! Que divertido é passear

Num trenó aberto de um cavalo…

Então: você gosta do Natal? Acha importante a confraternização? Os presentes? O espírito natalino?

Ótimo! Continue com a tradição e festeje muito, mas faça isso porque você quer e gosta de fazer, não seja um alienado que faz as coisas porque outros fazem ou porque alguém, alguma entidade ou um belo comercial qualquer lhe mandou fazer.

F E L I Z   N A T A L e que a paz esteja com todos.

Darci Men

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