Até Mais, e Obrigado pelos Peixes!

Volume Quatro da Série

Depois de viajar pelo Universo, sobrevivendo à poesia Vogon e guerras interestelares, Arthur Dent está de volta ao seu planeta natal… Mas a Terra havia sido destruída, então, o que diabos está acontecendo?

[Se quiser ter uma ideia do que aconteceu até aqui, pode começar pelas resenhas dos volumes Um, Dois e Três d’O Guia do Mochileiro das Galáxias.]

O caminho que vamos percorrer neste Volume Quatro, acompanhando os protagonistas, será para tentar descobrir o que aconteceu com a Terra anterior… se é que houve mesmo destruição.

Nesta busca por respostas, boa parte da ação se passará aqui no planeta azul, que é onde nos deparamos também com um tema novo na série: romance.

É claro que isto faz com que o livro tenha um tom diferente dos outros, assim como cada um dos volumes entre si, porém, Douglas Adams mostra mais uma vez sua habilidade de contador de histórias ao inserir cenas muito bonitas e poéticas num enredo de ficção científica sem cair em clichês fáceis ou descambar para a breguice.

Podem ficar tranquilos, pois as cenas e diálogos absurdos que escancaram quão risível é a nossa sociedade ainda estão lá, com suas tiradas sarcásticas e inteligentes.

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Novos personagens

Somos apresentados a novos personagens, como Fenny, a garota que é introduzida no prólogo, e Rob McKenna – cujas cenas são algumas das partes mais divertidas do livro –, um motorista de caminhão que vive de mau humor, pois o mau tempo (a chuva) sempre o acompanha na estrada, fenômeno que tem uma estranha explicação, mas não tão estranha para o universo d’O Guia do Mochileiro das Galáxias.

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Velhos conhecidos

Obviamente, ainda temos Ford Prefect, tão louco quanto antes, se metendo em confusões desnecessárias e hilárias. É aqui também que conhecemos o texto de sua contribuição para a edição do verbete d’O Guia sobre a Terra: Praticamente inofensiva – que é o nome do próximo volume.

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Ah, o Marvin, nosso androide paranoide preferido, também está de volta, mas não tanto quanto gostaríamos: “Os que querem respostas devem continuar lendo. Outros podem preferir pular direto para o último capítulo, que é bem legal e é onde aparece o Marvin”.

Outra coisa que gostei bastante, e da qual ri muito, foi a parte em que um grande número de pessoas acredita que a destruição da Terra na verdade foi uma alucinação coletiva provocada pela CIA.

Daí que, como é comum com teorias da conspiração, cada um acha um motivo mais louco do que o outro do como e por que a CIA teria feito isso.

Apesar do tom diferente da história, continua sendo uma leitura boa e divertida. É quase impossível se decepcionar num enredo quando o próprio escritor se coloca em pé de igualdade com seus personagens: “Havia um motivo para contar esta história, mas, temporariamente, fugiu da mente do autor”.

No entanto, este ainda não é o final, ainda temos o Volume Cinco na coleção e o E tem outra coisa… – lançado no 30º aniversário de publicação do primeiro livro d’O Guia, foi escrito por Eoin Colfer com autorização da família de Adams.

Nos encontramos no próximo!

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