Disse certa vez um sábio:
“Honestidade é dizer a verdade aos outros e integridade é dizer a verdade a si mesmo”.
O “mundo” do faz de conta como difusão cultural do entretenimento, tanto na área infanto-juvenil como para adultos, é de significativa importância para a nossa “fuga” do dia a dia e, consequentemente, para o nosso bem estar.
O problema é quando esse faz de conta se transporta para a realidade!
Pois é, nós brasileiros temos em nossa realidade muitos faz de conta.
Um verdadeiro “reino do faz de conta”.
A coisa está tão “aculturada” que a maioria dos brasileiros simplesmente pensa assim:
Deixa para lá, Deus é Brasileiro, deixa como está, para ver como fica.
Neste “reino”, o rei ainda é o Lula, por “baixo do pano”, mas ainda é! Os duques, arquiduques e “corriolas” afins, são os ministros, deputados e senadores da base aliada. Como todo reino que se prese tem intrigas palacianas, traições, engodos, toma lá da cá, é dando que se recebe e por aí vai.
Mas não é só na “corte” que se vê essa fantasia, senão vejamos:
Na política:
Alardeiam que o Brasil é um país democrático e o seu povo suficientemente politizado para eleger diretamente desde o Presidente da República até o Vereador.
No “reino” do faz de conta não é bem assim. Ora, a maioria do povo vota por impulso, no mais “simpático” e “falador” ou no “herói fajuto de plantão”, geralmente um sindicalista demagogo, pastor salvador de almas, atleta ou artista aposentado, um folclórico índio não sei das “quantas” e até um simpático palhaço analfabeto. Se você sair por aí perguntando, a maioria não saberia dizer quem é o atual vice Presidente da República, nem tampouco em qual senador, deputado ou vereador votou na última eleição. Isto é povo politizado para tamanha responsabilidade?
Teoricamente é o Presidente da República quem escolhe seus ministros e colaboradores diretos, portanto, também teoricamente, deveria saber e tornar-se responsável por tudo que eles fazem.
No “reino” do Faz de conta nada disso vale! O caso “mensalão”, “lava-jato’ e outros, explica tudo, não preciso dizer mais nada. Aliás, a respeito do “Rei” Lula, eu entendo que ele deveria figurar no famoso livro Guinnes de Recordes, pela sua “amnésia seletiva”. Será que já não o colocaram lá? Se não o fizeram é uma tremenda injustiça!
A Justiça Eleitoral chegou a fazer propaganda que no Brasil político com ficha suja não pode exercer cargo público. Claro que no “reino” do faz de conta isso não acontece. Ora, basta examinar o nosso congresso.
Na justiça civil e criminal:
O caso da Justiça Criminal e Civil não é diferente. Ela precisa ser integra e ágil para proteger o cidadão. Mas no “reino” do faz de conta rico e politico raramente pagam pelos seus crimes. O bandido tem tantos privilégios que o cidadão honesto fica se perguntando se não é melhor “mudar de lado”. A burocracia e a morosidade na justiça brasileira são tantas que o cidadão só recorre a ela em último caso.
Pois é, faz de conta…
Na economia:
O governo alardeia, quase que diariamente, que a economia vai bem. Novamente temos um tremendo faz de conta, basta ver os indicativos econômicos: o Brasil está com a maior inflação dos últimos tempos e não cresce como outros países em desenvolvimento. Nossos empresários perdem competitividade dia a dia com a economia globalizada, e o principal entrave é o “reino” do faz de conta: ineficiência da infraestrutura, corrupção correndo à solta e os aos altos custos de impostos para sustentar a inchada, burocrática, ineficiente e corrupta máquina estatal.
O último levantamento do IBGE sobre o cadastro de terras mostra como é esse “reino”.
Constataram que os imóveis rurais cadastrados somam 9,1 milhões de quilômetros quadrados. Ora, o Brasil todo tem 8,5 milhões de quilômetros quadrados. Como pode? Será que o Brasil invadiu terras estrangeiras ou já inventaram o “sobrado de terra”? Nada disso! É corrupção pura e simples deste fantástico “reino” do faz de conta.
O que realmente acontece, é que os “grileiros” invadem terras do estado ou reservas florestais e os legalizam com falsificações e subornos. O papel falsificado é colocado em uma caixa ou gaveta com grilos dentro e eles se incumbem de envelhecê-los para parecer autênticos. Os grilinhos dão umas mordidelas aqui e ali, um xixizinho acolá e pronto, o papel vai parecer que tem mais de um século. Daí o termo “grileiro”.
Por favor, não confunda grileiro com “posseiro”. Este, ao contrário do que indica o nome não quer dizer que tem a posse de um local. No “reino”, o “posseiro” geralmente é um pobre coitado que invade um terreno para plantar seu “feijãozinho” para comer. A primeira coisa que ele faz é furar um poço para beber água. E daí o termo “posseiro”, de fazer poço e não de tomar posse.
É, faz de conta…
Na educação:
Nesta área, no meu entender, a coisa é mais feia ainda: basta prestar atenção naquela propaganda governamental: “Educação, um direito do cidadão”. As Universidades públicas são para poucos, as particulares caras e de má qualidade. Na escola fundamental, que é importantíssima, os políticos constroem escolas apenas para dizer que construíram e com isso amealhar mais votos e suas preciosas comissões. Esquecem ou fingem esquecer a “estrutura” dessas escolas. O resultado é uma lástima, os professores são maus pagos, a qualidade do ensino idem. Quem pode e até aquele que não pode, paga escola particular. Que direito é Esse? É ou não é um faz de conta?
Poderia aqui citar outras áreas, como da saúde por exemplo. Mas nem preciso me estender. É tudo igual…
O povo:
Não custa repetir: é só o governo que é responsável por isso? Claro que não! Afinal foi o povo “politizado” quem os elegeu e nosso povo tem o “Reino” que merece!
Outro faz de conta monumental é afirmar que o povo brasileiro é trabalhador. Como disse Arnaldo Jabor em sua crônica “O Brasileiro Merece”: “mentira, a maioria do povo brasileiro é preguiçoso por excelência”. Infelizmente tenho que concordar com ele. No meu entender, trabalhador não tem só que trabalhar, mas também preocupar-se com seu trabalho, com a qualidade do que está fazendo e, principalmente, do fruto que esse trabalho vai render.
No “reino” a maioria não está nem aí. É só precisar de um tempo para ir ao médico e já falta o dia inteiro ou vários dias. Quantos vivem sem trabalhar? É bolsa disso, bolsa daquilo e por aí vai.
Outro exemplo é o feriadão de Carnaval. Deveria ser um feriado para o povo participar da mais tradicional festa brasileira. Ora, sejamos honestos, a grande maioria não está nem aí para o carnaval, o que todos querem mesmo é o feriadão para passear, participar de eventos especiais, etc. Essa maioria não participa do carnaval, quando muito dão uma olhadela na televisão ou simplesmente procuram saber qual escola de samba ganhou.
Alguns “privilegiados” e até os “mortais” dão um jeitinho de prolongar esse feriadão. Os funcionários públicos, por exemplo, recorre ao chamado “ponto facultativo”, deveria chamar-se “ponto fecundativo”, parece que dá cria! Os políticos então, já emendam a semana toda e mais um pouco e tem ainda a ousadia de chamar isso de recesso parlamentar… Será que esses “trabalhadores” estão preocupados que o serviço público é uma m…? Que seus serviços estão atrasados anos a fio? Que isso prejudica toda a população? Claro que não! No “reino” do faz de conta é: Deixa para lá, Deus é Brasileiro…
Pois é caro leitor, se você é honesto e integro e não faz parte dessa maioria, parabéns, para os demais, melhor fazer de conta que este texto é uma peça de entretenimento ou que sou um lunático, estressado e pessimista alheio à sociedade e tudo que está escrito não é verdadeiro, apenas um… Faz de Conta.
Que a paz esteja com todos.
Darci Men
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É , isso é a mais pura verdade, vivemos num país de "todos", na verdade um país de faz de conta o que a população na verdade QUER ACREDITAR.