Pouca gente sabe, mas a saudosa Rainha Elizabeth II, da Grã-Bretanha, já foi mecânica de automóveis.
Pois é, desejando contribuir para o esforço de guerra, em 1.944, a então princesa, de 18 anos, alistou-se no serviço territorial auxiliar e, para dar o exemplo à população, começou a fazer um curso de mecânica.
Durante o curso, aprendeu a montar e consertar viaturas militares. Ela era tratada como os demais, só que dormia todas as noites em um castelo.
No dia do teste final, o Rei Jorge VI, fez questão de assistir e ver pessoalmente a jovem Princesa de macacão, toda suja de óleo, dar partida no carro que acabara de montar.
Para decepção da princesa o motor não queria pegar (o rei mandara, discretamente, alguém desconectar um cabo).
Revelada a brincadeira, com risadas gerais, o cabo foi recolocado e o motor pegou.
Ela passou no teste e, durante muito tempo, foi mecânica muito dedicada.
Ela pode ter sido mecânica, mas duvido que conheça uma peça de automóvel que só nós brasileiros conhecemos:
A famosa “Rebimboca da Parafuseta”.
Cláudio Carsughi, um dos mais renomados conhecedores de carros deste país, assim definiu a tal peça: “Ela é tão importante no carro que, até hoje, nunca ninguém conseguiu vê-la. Por isso diz-se que todo o problema não diagnosticado de um carro, advém da tal peça.”
Dizem que o primeiro protótipo dessa peça se chamava “RETRASMÓVEL”, ou seja, “Rebembocadeira de tração automática leve da semidescompressão subatômica móvel.”
Brincadeira à parte. Certa vez, meu filho Fernando me ligou, já tarde da noite, todo aborrecido:
— Pai, meu carro pifou! Parece ser um problema elétrico, o motor gira, mas não pega, já examinei tudo e não consigo fazê-lo funcionar.
Eu logo perguntei:
— Tem combustível? Já examinou os fusíveis? Cabos de velas? Carvão do distribuidor? Condensador?
Ele respondeu, mais desanimado ainda:
— Claro que tem combustível e tudo que você falou eu examinei mais de uma vez!
Eu pensei um pouco, não sabia mais o que dizer, até que recomendei:
— Então chama um mecânico.
Ele respondeu de pronto:
— A esta hora? Onde vou achar um mecânico?! – E continuou – O pior é que vou precisar do carro amanhã bem cedo!
Então eu voltei a recomendar:
— Então chama um guincho, traga o carro até aqui, pegue o meu e amanhã eu examino isso para você com calma.
Assim foi feito e logo na manhã seguinte eu fui examinar o carro.
Olhei com calma tudo: testei os fusíveis um a um, olhei toda a parte elétrica, examinei o sistema de injeção de combustível, enfim, tudo que eu sabia de carro, mas não consegui resolver o problema. Aí liguei para o meu amigo Carlão, que tem uma oficina bem perto da minha casa:
— Carlão, me ajuda que o carro do meu filho está me dando um “baile”.
Aí lhe expliquei tudo que já tinha feito. Ele veio com um de seus mecânicos e empurrou o carro até a sua oficina.
Mais tarde fui buscar o carro. Logo que entrei notei no rosto dele um sorrisinho zombeteiro. Foi então que perguntei:
— E aí Carlão, consertou o carro?
— Claro! Está perfeito, pode levá-lo.
— E quanto ficou a “bronca”?
— Nada não! Fica por conta da nossa amizade!
— Obrigado, mas, afinal, qual era o problema?
Ele respondeu na “bucha”:
— Foi a “rebimboca da parafuseta”!
Aquela frase foi como uma senha e logo todos os mecânicos da oficina pararam de trabalhar e se reuniram a nossa volta e começaram as gozações.
Logo um deles falou:
— Carlão, explica direito para o rapaz, – e com o olhar bastante sério disse para mim – olha, na verdade, o problema foi no “pináculo descendente distal”, sabe aquele que gerencia a tal da rebimboca!
Outro logo corrigiu:
— Pô, Pedro, assim o rapaz vai ficar mais confuso ainda, – e olhando para mim, disse – olha, não liga para esse caras, eles só falam “abobrinhas”, na verdade o problema estava no “grampolho do pré-fuxo”, sabe, aquela peça que fica perto da “retranqueta do polidor”, aquela, azulada, ao lado da “riboleta”.
Nessa altura eu pensava: “o que eu fiz para merecer isso?”.
E as gozações continuaram e todos tinham explicações para o problema, foi um festival de termos:
— Cara, você esta “por fora”, foi um “mosquito tsé-tsé na chupeta do cárter”.
— Que nada, foi o “rolamento da buzina”.
— Olha, eu quase tenho certeza que era o “parafuso regulador do pino bola”.
— Nada disso, eu é que examinei e era o “tensor da bucha do rolamento do escapamento”.
E continuaram indicando o defeito: catraca do pinhão da planetária, birosca do istopô, burrinho mestre dos cavalos do motor, cossecante do ph da água do radiador, turboencabulador da cremalheira ventilada e tantas outras.
Aí não aguentei mais e gritei:
— Podem parar! Afinal vocês vão ou não me explicar qual foi o problema?
— Foi o fusível, – disse o Carlão – um único e mísero fusível.
Aí para amenizar as gozações, ele explicou:
— É muito raro, mas às vezes isso acontece com fusíveis. O rompimento é tão pequeno que você testa e ele está bom, mas basta ligar na corrente elétrica, ele aquece e “corta”.
Não adiantaram as explicações e até hoje sou obrigado a aguentar as gozações daquele pessoal e, naquela oficina, sou conhecido como o homem da “Rebimboca da Parafuseta”.
Que a paz esteja com todos.
Darci Men
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