Iniciou-se há alguns dias mais uma edição do Big Brother Brasil.
Por dez anos, a televisão brasileira explora as relações humanas numa casa cercada de câmeras e microfones por todos os lados. Assistidos e ouvidos por milhões de telespectadores brasileiros, atentos e atônitos, a saga de ilustres desconhecidos que fazem de tudo pelos seus 15 minutos de fama e alguns milhões de reais.
Construindo um mundo artificial onde se ignora qualquer tipo de valor, esse programa pretende desfocar os verdadeiros problemas que atingem o nosso país e o mundo, por exemplo, as grandes enchentes do mês de janeiro, e neste ano, o grande desastre ocorrido no Haiti. Milhões de pessoas perderam suas vidas, suas famílias, seus lares e sua dignidade.
O fenômeno midiático Big Brother Brasil é mais um aspecto da degeneração da imagem feminina, pois, dentro desse contexto, as mulheres se apresentam como fúteis e efêmeras e sem nenhuma preocupação com a intelectualidade ou culturalização. O reality show embute no imaginário coletivo um padrão estético de beleza que passa a ser almejado por uma parcela significativa das mulheres brasileiras.
Grande parte dessas mulheres ao final desse programa recebe convites para posar nua, participar de programas de auditório ou se transformar em chacotas da televisão brasileira, como é o caso da Sabrina Sato no programa Pânico. Salvo raríssimas exceções, a fama dessas mulheres dura somente enquanto não surgem outros “brothers”.
Em praticamente todas as edições existe a criação de personagens fundamentais para a trama, por exemplo, o Don Juan, a garota frágil que se apaixona, o atleta e outros tantos. Como se não bastasse, sob a égide da inclusão social, a produção do programa passou a contratar personagens homossexuais.
Servindo simplesmente como objeto sexual, a exploração do corpo feminino nos reality shows, representada nos banhos de chuveiro e piscina e também nas festas da casa, demonstra que não existe preocupação da mídia com a humanização dessas mulheres. Servindo mais uma vez como objetos de deleite e sendo descartadas sem piedade quando não interessam mais.
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saõ lindosssssssssss
Esse comentário eu realmente não entendi… Bizarro.
Sobre as mulheres no BBB … Nenhuma delas foi forçada a estar lá, muito pelo contrário, passaram por uma seleção e sabiam que iriam se expor, até desejavam isso.
Sei que é o tipo de programa que consegue ser ainda mais imbecilizante que as novelas ( que pelo menos tem roteiro e atores de verdade) , mas não acho que denigre ninguém, as pessoas estão lá por que querem, se não percebem que são mais descartáveis que meia furada no calcanhar e molhada de lama é porque são mais burras do que parecem.
A maioria dos homens só assiste pra ver mulher gostosa e briga, essa é a realidade. Claro que aprecio ambas as coisas, mas eu prefiro ver isso aliado a uma boa história, e não a papo furado vazio de acéfalos marombados na beira da piscina.
Abraço!
O que acho um absurdo é o Ministerio das comunicações autorizar programa sem critérios como este, ir ao ar e ainda ter dúvida se foge das finalidades educativas e culturais que deveria ter.
as mulheres estao se espondo por que perderao seus valores
Olá Fábio, muito obrigada pelo seu comentário. Quando falo de valores, não estou falando de moral, mas sim de valores reais, humanos, o que com certeza não existem neste programa. Eles fazem qualquer coisa para ganhar, mentem, humilham, passam por cima etc.
É claro que pretender desfocar os problemas do mundo. Os milhões de reais e dólares que estão sendo gastos com esse tipo de porcaria poderiam ser destinados, por exemplo, para um divertimento mais sadio. Assim como existem filmes bons, existe ruins, música, livros e até “blogs”. A questão é não deixar com que as coisas nos contaminem ou subestimem demais a nossa inteligência. Ficar “espiando” mulheres praticamente nuas de corpo e principalmente de pensamento não me agrada. Pra quem consegue ver, parabéns, eu prefiro criticar!
Um abraço
Elaine
eu não suporto BBB, sempre que começa sou obrigada a trocar de canal.
Não acho que, no Big Brother, se ignore qualquer tipo de valor. Por mais ambiciosos ou desejosos de fama que os BBBs sejam, ali há – muita – humanidade. Basta olhar com atenção, ir além da “espiadinha básica”. Ah, e dizer que o BBB tem a pretensão de “desfocar os verdadeiros problemas que atingem o Brasil e o mundo” é um pouco demais. Se for assim, não podemos ver reality shows, ir ao cinema, escutar música, ver vitrine no shopping, ler bobagens num blog – tudo seria feito para nos alienar. Menos patrulha, mais sensibilidade. Abraços e sucesso com o blog!