Cumprindo com a minha promessa de Ano Novo de escrever para cá com mais regularidade, aqui estou eu novamente. Dessa vez, vou abordar um dos meus estilos preferidos de narração: o fluxo de consciência.
Sabe quando vê, lê ou escuta alguma coisa, e daí a momentos já está numa viagem mental louca e desconexa? Quando esses pensamentos malucos são transpostos para o papel, temos o fluxo de consciência. E é claro, o autor tem que ser muito bom e competente no que faz para realizar um trabalho de qualidade, com um mínimo de nexo. Por isso, selecionei algumas obras que fazem parte da minha memória afetiva, e vou compartilhar com vocês.
Uma mulher fantástica, que soube me prender do início ao fim do livro é Virginia Woolf. Cito aqui Mrs. Dolloway, livro que possuo, pela sua ideia maravilhosa: 24 horas no pensamento de uma mulher, desvelando segredos antigos, paixões, temores, arrependimentos e lembranças.
A experiência é simplesmente magistral, perfeita.
Continuando na Terra da Rainha, vamos para aquela que foi considerada a melhor obra do século XX: Ulisses, de James Joyce. Aqui deixo claro que não estou querendo me fazer de intelectual ou coisa do tipo. O livro é bom mesmo, embora difícil. É necessário ler, deixa-lo descansar uns dois anos, ler novamente. Conforme o leitor vai amadurecendo, cada vez aprecia mais a obra. Tenho certeza que ainda não a compreendo em sua totalidade, mas estou confiante que um dia conseguirei!
Continuando, mais uma das minhas musas literárias: Clarice Lispector. Posso recomendar toda a obra dela. Mas, os livros pelos quais tenho maior paixão são: A Paixão Segundo GH, A Hora da Estrela e Perto do Coração Selvagem. O que mais me agrada nela é a coragem em se mostrar, inteira e sem máscaras nos seus textos. Os contos também são altamente recomendados.
E, para finalizar, cito a obra de Graciliano Ramos, Vidas Secas. Essa é pequena e você consegue ler em poucas horas. Preste atenção especial na maneira como a narrativa de externa passa a interna sem prévio aviso, como se a mente das personagens fosse um território livre e aberto ao narrador. É realmente de tirar o fôlego.
Acho que foram poucas sugestões, mas todas intensas. Certamente me esqueci de algo, mas isso não importa. Coloquem nos comentários suas opiniões e conhecimentos nessa área.
Boa leitura!
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Eu já li um citado da Clarice e o do GRaciliano, mas era muito novinha e só achei extremamente confuso. Acho que vou ler algum agora
Desses aí acho q só li o Vidas Secas. Mas tenho um da Vagínia Woolf q lerei logo q tiver tempo.
Suas sugestões são muito interessantes, algumas eu até conheço como Vidas e A Hora da estrela, leituras que para mim foram muito prazerosas apesar de terem chegado a mim na época em que eram do tipo “obrigatorias“, entende, rs. Se eu pudesse sugerir algo que gostei muito, acho que valeria a pena deixar aqui três sugestões: “As aventuras de Tom Saywer“, de Mark Twain, “Othelo“, de Shakeaspeare e “Nunca desista dos seus sonhos“, esse último mais na linha de auto-ajuda mas muito interessante.