Passei um bom tempo afastada, envolta em logaritmos e cadeias de carbono, de modo que estive impossibilitada de escrever algo minimamente publicável. Como estou muito em falta, resolvi escrever. E como o vestibular deixou a minha vida difícil, resolvi falar da vida fácil. Ou melhor, da difícil vida fácil na Literatura.
A prostituição é conhecida como a profissão mais antiga da Humanidade. Vários são os seus rostos e seus lares: as ruas, casas luxuosas, verdadeiras pocilgas. Tudo depende de quanto se está disposto a pagar.
Por trás de todo esse comércio estão pessoas, com sentimentos, sonhos e anseios. Temos referências bíblicas como Maria Madalena, uma prostituta que se converte ao cristianismo, demonstrando que não importa o que a pessoa faça, somos todos iguais e todos em busca de algo que nos conforte e alivie nossas angústias…
Falei bonito, não é? Agora, vamos ao que interessa: as dicas.
O primeiro livro do qual me lembro é “A leste do Éden”, de Steinbeck. Livro recomendadíssimo para qualquer ser humano com um mínimo de massa cinzenta. Nele, a história de Cathy (ou Catherine, como preferir) choca e impressiona. Ela utiliza dos artifícios da sua “profissão” para conseguir tudo e mais um pouco. É uma mulher fascinante e assustadora.
Outra personagem que aproveita da sua condição para obter alguma vantagem maior é Carol Dodson de “À caça de Amanda”, do estadunidense Andrew Klavan. Essa garota se aproveita da praticidade de profissão (afinal, o investimento é mínimo e o material é portátil) para fomentar uma fuga impressionante por todo o país, visando proteger sua filha Amanda, nesse que é um dos melhores thrillers que já li.
Buscando uma cultura diferente, as prostitutas Lótus e Cuco, duas chinesas vendidas pelos pais em “A boa Terra” de Pearl S. Buck buscam enganar Wang Lung para garantir uma estabilidade financeira na velhice, que é exaustivamente temida por todas as prostitutas, pelo menos as literárias (que são as que conheço).
Indo para um campo mais tradicional, temos Marguerite, de “A Dama das Camélias” (Alexandre Dumas), um clássico da Literatura Mundial, chupado por José de Alencar em “Lucíola” e por várias narrativas das telenovelas, sempre repetindo o mesmo plot, que eu, particularmente, acho muito sem graça.
(Não atirem pedras em mim, não sou nenhuma crítica séria, só uma pessoa que dá dicas.)
Enfim, termino minha rota por aqui. Tentarei manter uma boa regularidade e espero sinceramente, contribuir em algo para vocês: seja para uma discussão ou uma leitura no tempo ocioso.
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Seu link foi publicado na Linklândia!
Parabéns e obrigado por contribuir!
Poxa e Bruna surfistinha… Cultura popular brasileira.. Brincadeiras a parte, curti o texto e que venham outros, a internet carece desses conteúdos originais.
Bem lembrado…tenho o livro em casa e nem lembrei de citar.
Está para sair o filme, não é?
Moça, esse post foi um dos mais diferentes que já li. E o que vc acha do Maruês de Sade??
Bom, eu não tenho muita propriedade para falar de Sade, visto que li poucas coisas dele, mas pelo pouco que li gostei. E fiquei apaixonada por aquele filme com a Kate Winslet que retrata a história dele, e não me recordo o nome agora.
Entra como nota mental para futuras leituras.
bem escrito, interesante, gostei de ler.
Adorei o post. Foi o mais interessante e bem escrito até agora. Isso deve sigificar que coisa ainda melhor virá por aí \o/
Você é muito talentosa. Evite se afastar por tanto tempo.
post interessante bem escrito. Algumas informações eu ja sabia 😀
Esqueci de citar na matéria, então fica como adendo: outra personagem famosa é a Sônia de “Crime e Castigo”, personagem chave, aliás. Boa leitura!
Eu lembro dessa moça. Ela parecia tão frágil e doente , era de dar dó.
A pouco tempo li “11 minutos” , é a história de uma puta de luxo, desde que saiu do interior da Bahia até fazer fortuna na Europa. Achei a história bem interessante.
Adorei o assunto Joyce. Parabéns!