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A busca da felicidade: evitar o sofrimento.
Nos últimos dias você não tem sido agradável com ninguém; o emprego já não te satisfaz assim, e eis o motivo de não estar feliz com o emprego: “não era isto que eu queria, gostaria de trabalhar em algo que eu faça com prazer”.
A mulher por quem está apaixonado não te dá atenção nem para uma conversa.
O mundo vive o capitalismo desenfreado onde todos estão condenados ao consumismo. Karl Marx denunciou a condenação dos proletariados pelos capitalistas, entretanto, hoje, os capitalistas usam Marx a favor deles contra os proletariados tornando assim o sonho de Lênin tão distante, propagando as desigualdades sociais e desilusões na sociedade.
Existem inúmeras razões para o sofrimento, porquanto infelizmente o sofrimento não é valorizado; é patente num momento difícil pensarmos em discorrer sobre a relação entre o prazer e a dor, uma está relacionada à outra.
O pensamento do século IV a. C., para os pessimistas, era: “O melhor seria não ter nascido”. O pensador alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) era um filósofo pessimista. Trouxe o Oriente para o Ocidente influenciado pelo budismo, pois adorava a filosofia oriental, principalmente a antiga.
Schopenhauer analisava se a vida é sofrer, sendo que o sentido da vida de imediato é o sofrimento, porque a dor infinita da necessidade à vida e a receptividade para o prazer é limitado. Na filosofia budista, a dor e a sensação da dor aos extremos não são miséria nem luxo, se enfrenta o sofrimento com o sofrimento; o iluminado é o Buda até alcançar o não sofrer: Nirvana ao pé da letra.
A sensação de dor, em casos longínquos pode levar ao pensamento suicida. Ora, o suicida na verdade não quer morrer, apenas quer se livrar dos problemas; existem diversos graus de sofrimento.
Friedrich Nietzsche (1844-1900), outro pensador alemão analisava de forma diferente. Nietzsche já foi um admirador de Schopenhauer, só que a vida o levou para outro campo de sabedoria, pois era otimista. Na vida temos que ver as coisas por todos os ângulos, é a relação de forças que atuam entre nós: a vontade de poder. Nietzsche já tentou o suicídio, por ventura o pensamento suicida para ele era um bálsamo. Zaratustra, um personagem do seu livro, uma vez caminhando pela floresta resolveu descansar e dormiu sob uma figueira, logo veio uma víbora e o picou. Quando a víbora percebeu que picou Zaratustra ficou transtornada e ele a pediu para reabsorver o veneno, Zaratustra falou-lhe que o “despertou a tempo, pois o meu caminho era longo”. Nós não podemos recusar a dor, nada acontece no mundo sem relações. O conhecimento é interpretação quando você se diz: eu sou uma interpretação. O mundo é relação de força e pensar é sentir. Quando está pensando já está sentindo.
No navio da vida em uma tempestade, o capitão deve treinar-se; o sofrimento dá o primeiro sinal, então é preciso preparar-se para o perigo. O belicoso sofrimento chega e a tempestade nos dá os melhores ensinamentos, isso torna o homem ou a mulher heroico, por conseguinte, use o sofrimento como apreciação, aprenda a transformar obstáculos em estímulos.
Evitar o sofrimento: não buscar a felicidade.
A Busca do Sofrimento.
Para conhecer mais leia:
Schopenhauer, Arthur. O mundo como vontade e representação.
Schopenhauer, Arthur. Parerga e Paraliponema.
Niezstche, Friedrich. A Gaia Ciência.
Niezstche, Friedrich. Assim falou Zaratustra.
Não posso deixar de concordar com Schopenhauer em alguns aspectos. Acho que o próprio fato de “ser humano” já implica em um pouco de sofrimento. A grande questão é: como lidamos com ele, como nos comportamos e como nos refazemos dele.
Como dizia o poeta: “vida de tão interessante chega a rasgar, a doer, a gritar”.
O suicida é um otimista incorrigível sem medo de enfrentar a vida? Ora, segundo o texto ele quer apenas resolver os problemas, ou seja, dar um basta à ansiedade, ou talvez tocar no fundo do poço e se deixar ficar. Sob o ensejo desses pensamentos sombrios, talvez a primavera possa estar trazendo algo além de flores… http://www.blogpaedia.com.br/2009/09/chegou-primavera-tempo-de-exultar-ou.html
ASSUNTO INTERESSANTÍSSIMO!
CONTUDO, O SOFRIMENTO NADA MAIS É DO QUE AQUILO QUE NÃO CONSEGUIMOS RESOLVER, ENTÃO SE TORNA UM MOTIVO DE “PREOCUPAÇÃO”…
ASSIM NOS DA A SENSAÇÃO DE FRACASSO, NOS PERMITINDO IMAGINAR SITUAÇÕES
DESCONFORTÁVEIS.
SÓ SOFREMOS POR SERMOS INSEGUROS.
Oi!
Eu não conhecia o site. Vi um comentário do Diogo Scooby no meu blog e logo vim fuçar, porque sou muito curiosa. E o material é riquíssimo. Escrita impecável, idéias maravilhosas. Adorei e voltarei mais vezes, com toda a certeza.
Obrigada por nos presentear com um artigo tão bacana!
Muito dramático,mas pra quem gosta do assunto foi um bom post!
Voce escreve muuuito bem!
Parabens
Da uma passadinha tambem no Pedras do Meu Castelo
http://www.pedrasdomeucastelo.kuem.com.br
É bem complicado falar sobre esse tipo de coisa, mas também é difícil pensar “O melhor seria não ter nascido”, todos tem seus problemas e o importante é superá-los!