———–
A Visão do Amor.
“Um camponês semeava batata da melhor qualidade; apenas ele possuía um misterioso tipo de semente. A terra era de bom grado, porém os ladrões furtavam as batatas durante a noite porque a plantação ficava longe de casa. O camponês só tinha um filho, mandou-o vigiar a plantação de madrugada. O jovem enquanto vigiava, cochilou, mas quando abriu os olhos viu as moças que roubavam as batatas. O jovem viu as beldades, e se apaixonou.”
Este conto peruano não é novidade para nenhum ser mortal. O homem vê uma mulher interessante, por algum motivo, se apaixona. A mulher observa atentamente um homem que futuramente vai ser o pai do seu filho.
Vários escritores, poetas, psicanalistas tentaram descrever o amor. Também foi causa de guerras terríveis como a de Troia, ou uma tragédia como Romeu e Julieta. Passamos por um lugar desconhecido, visto que olhamos alguém por cinco segundos, e o coração dispara! Os olhares se cruzam, um momento mágico, surge uma química e… Nos apaixonamos.
A paixão amorosa pode ser regida pela natureza. Enquanto amamos alguém, nem sempre tem um final feliz, pois a vida não é como nos filmes ou novelas. Aquela moça que o homem se apaixona e não é correspondido (não conseguindo seu objetivo), ele fica melancólico, se tranca no quarto, pensamentos suicidas (para os ultra-românticos); pergunta por que existe o amor. Pode ser a ideia de manter a espécie. “é preciso que a natureza ponha no indivíduo uma certa ilusão, em virtude da qual ele veja como o bem próprio o que, na verdade, é apenas o bem da espécie; e assim serve a natureza, enquanto pensa estar obedecendo apenas aos seus desejos. Uma simples quimera, que logo se desfaz, paira diante de seus olhos e faz com que atue.” (Schopenhauer). Logo estamos trabalhando para a espécie, já que a tornamos individual.
O homem demonstra a ânsia de salvar as mulheres quando estão apaixonados, portanto salvar a mulher no dicionário masculino é não abandoná-la.
“Meu destino até então era certo,
vi que passava perto de sua morada e queria te ver…
Mas você quase acabou comigo…
Só ri ao pensar no seu sorriso.
Se me visse neste estado deplorável:
finalmente eu te deixaria como nunca antes:
FELIZ.”
(Diogo C. Scooby).
O motivo de nos decepcionarmos com o amor é a ideia do “Belo” de Platão. O mundo das ideias; no início de um amor pensou na garota de todos os modos. Imaginamos saindo com ela ao cinema, beijando-a, apresentando a família, tudo maravilhoso, ouve In my Life dos Beatles e, até as estrelas do céu brilham diferente, mas quando saímos do mundo das ideias, ou seja, voltamos para a realidade, a garota não te dá atenção: um baque. A ideia do Belo se torna belo. A diferença do maiúsculo para o diminutivo é que no mundo das ideias (BELO) tudo é perfeito, porém na realidade esse belo não tem perfeição, é a subjetividade.
Como no conto peruano, quem não já se apaixonou a primeira vista, talvez nunca tenha amado, confesso que não sei como concluir este texto, pois não quero definir o amor, apenas quero senti-lo, quero que venha de um modo inesperado.
Concluo com o soneto 116 de William Shakespeare: “O amor não se transforma de hora em hora, antes se afirma para a eternidade, se isso é falso alguém provou, eu não sou poeta, e ninguém nunca amou”
Para conhecer mais leia:
Da morte. Metafísica do Amor. Do sofrimento do Mundo. Arthur Schopenhauer.
Cinco Lições de Psicanálise: Contribuições a Psicologia do Amor. Sigmund Freud.
Mí casa, Sú casa e Outros Poemas. Diogo C. Scooby.
Contos e Lendas do Peru. Adaptação de Antonieta Dias Moraes.
…QUIS DIZER “TEIMOSA POR ISSO O AMO”
ENCONTREI O INESPERADO. ACREDITO NA REFORMULAÇÃO DE CADA SER…
CONTUDO, SINTO Q. O AMOR E´MUITO COMPLEXO E POR ISSO DEVEMOS NOS AMAR E DEPOIS SENTIR O INESPERADO AMOR. SOU TEIMOS, POR ISSO JÁ O AMO!!!!!!!!!!!! SE´SERÁ PARA SEMPRE, DEIXA Q. O TEMPO DIRÁ!!!!!!!!!!!!
PARABÉNS PELO ASSUNTO!
Olha Diogo, o seu comentário diz bem o que vc pensa, ou o que quer pensar…
Tá aí um assunto sobre o qual eu penso, penso e não chego a conclusão alguma: o amor. Não sei nem até onde é real e onde começa a ilusão, nem sei qual dos dois lados é o melhor. Espero ter tempo suficiente na vida pra pensar, pensar, escrever, escrever, e amar, amar.
Adorei o blog.
Eu acho que esse ideal é formado pelas pessoas sim. Nós não amamos um ao outro, amamos a idéia que formamos das pessoas. Passamos horas por dias e dias idealizando alguém que não existe mas baseamos isso em alguém que conhecemos, transformando isso em “amor” , “paixão” , quando na verdade não passa de loucura.
Obrigado pela citação ao meu antigo livro!! Até coloquei ai o link pra quem quiser comprar. É uma passagem amorosa, mas o cara está indo violentar e matar a garota haha!!
Abraço!
hora é com H, foi mal aê…escrevi um tanto depressa.. 🙂
homem é tudo besta mesmo, a mulher rouba as batatas e ele se encanata pelas “batatas” dela..mas amor é isso mesmo, ñ escolhe ora nem local, pode ser no sol ou vendaval kkkk…
É muito complicado falar desse tema. Um assunto que intriga o ser humano tanto quanto a morte; as coisas estão bem, o dinheiro está razoável, mas um coração vazio é um castigo para a vida. Vários tentaram definir o amor, chamando-o de paixão, desejo ou desespero. Creio que Platão estava errado. Não penso que a busca do amor é a idéia de perfeição, mas justamente o seu contrário, amamos o íntimo, o verdadeiro, ou seja, o imperfeito. Meu amor não virá de modo inesperado, espero por ele todos os meus dias…
Parabéns pelo blog… adorei o texto. Cheio de informações, contextos históricos, culturais. Muito bom. Sucesso.
ahhh..concordo com quem falou que a foto desperta uma nostalgia..amo fotografias antigas lindas mesmo.
parabéns!
O texto é ótimo, saber escrever com uma mentalidade emocional, textual e vigorosa é o casamento perfeito!
É um tema tão complexo e pensemos em quanto tempo tentamos entender o amor. Os gregos não conseguiram e nós muito memso. Gostei da mistura de citações, filosofia e música. Muito bem ilustrado.
Gostei sobretudo da citação de Schopenhauer, pra mim um dos melhores filósofos.
Visite:
http://isaidtv.blogspot.com/
Amor, não importa quantos anos se tem, ou o tempo que dura. E sim a intensidade que é vivido, que é amado. lindo o texto.
Realmente a forma do conclusão do texto não importa, versaste muito bem sobre todo o seu decorrer, que deixemos então o que vem depois mesmo sem explicação, como o sentimento ás vezes mesmo sugere.
O amor é um sentimento que quando domina um nos faz fazer e dizer besteiras, o ser humano se fragiliza quando atingido pelo amor.
Seu ponto de vista é algo de muita verdade gostei demais
A foto do casal de apaixonados, esmaecida pelo tempo, desperta na gente uma nostalgia… Abraços e sucesso com o blog!