Você caro leitor, fala e escreve a língua portuguesa?
Espero que sim! Afinal, estamos no Brasil, cuja língua oficial é o Português.
Então, me responda:
Você conhece os termos: “sodalício”, “axiológico”, “crivo”, “probatório”, “vértice”, “patrono”, “exordial”, “colendo”, “subsunção”, “vênia” e “infirmar”?
Não? Você deve estar se perguntando: “que raio de língua é essa?”
E eu, candidamente, respondo com uma única palavra: PORTUJURÊS!
Estas palavras foram ditas pelos Ministros do STJ durante o julgamento do “Mensalão”. Claro que são palavras da Língua Portuguesa, mas a questão é por que a comunidade do Judiciário insiste tanto em usar termos que ninguém usa, só eles! Chegamos ao absurdo de manter um tradutor de plantão para informar o que foi dito no tribunal.
Qual o objetivo disso? Eis a questão!
Você deve estar se perguntando: “mas, não é hora de criticar o STJ que, pelo menos neste caso, e em uma primeira avaliação, nunca em sua história teve tanto prestígio, pois foram capazes de condenar gente da poderosa máquina do governo e, nunca em sua história, tantos brasileiros acompanharam um julgamento.”
Sim, é verdade, e devemos “tirar o chapéu” para o STF, com exceção de dois Ministros, que só faltaram colocar a estrela do PT em suas sagradas togas, o Tribunal, como um todo, pelo menos nesta caso, foi fantástico, com destaque absoluto para o Ministro Joaquim Barbosa.
Assim, se o Tribunal foi ótimo, perdeu uma excelente oportunidade de marcar mais um ponto e em ter deixado de lado o chamado “portujurês”, eu explico por que:
Ora, o julgamento é público e nada mais justo e correto que o público entenda o que foi dito e julgado!
Nos tribunais regionais e distritais acontece a mesma coisa! Quem ainda não se deparou com um despacho do judiciário e ficou se perguntando: “qual foi a decisão? O que ele quis dizer?”
Então eu volto a perguntar: por que tudo isso? Qual o objetivo?
Portanto, eu acho que os sodalícios, patronos e meirinhos deveriam ter a subsunção que ser egrégio e colendo não é sinônimo de escrever ou falar palavras que os “pobres mortais” não entendem, ou será que assim agem para não se infirmar? Com a devida vênia, acho isso totalmente axiológico.
TRADUZINDO A ÚLTIMA PARTE:
Portanto, eu acho que os tribunais, advogados e oficiais de justiça deveriam aceitar que ser distinto e altamente respeitável não é sinônimo de escrever ou falar palavras que os “pobres mortais” não entendem, ou será que assim agem para não diminuir sua autoridade? Com a devida permissão, acho isso totalmente incontestável.
Que a paz esteja com todos!
Darci Men
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