Na minha infância convivi um pouco com televisores preto e branco, e ainda fico encantado com filmes quando uma boa história supera a falta de cores. Hoje, em tempos de games cada vez mais realistas e televisores 3D , comecei a imaginar como as coisas começaram a ficar coloridas nos registros visuais de nossa espécie.
Hollywood não produziu filmes coloridos até meados da década de 1930, onde o primeiro deles foi Becky Sharp de 1935, utilizando a tecnologia que dominaria o mercado por décadas, a Tecnicolor (até hoje em dia vemos o logo desse tipo de colorização nas infinitas reprises do desenho do Pica-pau).
‘Becky Sharp’ trailer (1935)
httpv://www.youtube.com/watch?v=a-P_Ira6kgE
As experiências com cores para o cinema começaram bem antes disso.
A Kodak liberou, em 2009, algumas experiências realizadas em 1922 com um tipo de filme chamado Kodachrome:
‘Testes Kodachrome’ (1922)
httpv://www.youtube.com/watch?v=J_RTnd3Smy8
Há registros anteriores, por exemplo, em 1912 houve testes do sistema Chronochrome nas praias da Normandia:
Testes de colorização Chronochrome (1912)
httpv://www.youtube.com/watch?v=nzn3ChF023Q
Em 1903 foram realizados testes onde se filmava utilizando 3 camadas de cores (Vermelho, Verde e Azul) e depois se sincronizava para revelação e posterior produção.
Testes de colorização RGB (1903)
httpv://www.youtube.com/watch?v=LcIvm0YW_6A&feature=related
Porém o primeiro registro de que se tem notícia é de aproximadamente 1895, onde a Thomas Edson Co. apresentou imagens pintadas à mão como um filme chamado de Anabelle’s Dance, feito para rodar em seu cinetoscópio:
Anabelle’s Dance (1895)
httpv://www.youtube.com/watch?v=p94yQ8cvTHg&NR=1
Essa tecnologia demorou décadas pra se estabelecer e hoje qualquer celular chinês consegue resultados satisfátórios ao se filmar algo colorido, sem contar os numerosos softwares onde podemos tratar as imagens e até mesmo colorir filmes antigos.
E você, gostaria de colorir algo antigo? Ou recolorir algo novo talvez?
Inspirado no post Early Experiments in Color Film (1895-1935) do site Openculture.com
Abraço!
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