Parte 1 – O DESPERTAR
Renata abriu lentamente os olhos, vendo uma bela meia lua desenhada no teto azulado. Demorou alguns instantes para perceber que aquele não era o seu quarto.
Sentou-se rapidamente na cama, sentindo uma pontada de dor de cabeça e algum enjoo que a incomodou, olhou em volta para tentar reconhecer o ambiente. Havia um guarda-roupas marrom à sua direta, mais à frente na mesma parede uma porta da mesma tonalidade, à esquerda um criado-mudo onde viu um rádio-relógio apagado, dois maços de cigarro da marca que ela costuma fumar e um cinzeiro sujo, uma porta de madeira grande fechada, que parecia ser a porta para uma varanda, tomava parte da parede, sua bolsa e algumas roupas femininas estavam jogadas de forma displicente no chão. Constatou que estava nua, fato que havia passado despercebido até então. Em frente de onde estava a cama uma pequena estante repleta de livros e com um aparelho de som tocando baixinho chamou sua atenção, não conseguiu ler o título de livro algum, sua visão ainda estava turva, se esforçou para ouvir a música e conseguiu identificar uma música qualquer da Adriana Calcanhoto. Ouviu ainda outro som que a deixou um pouco mais assustada:
Chuveiro ligado. Isso mesmo, alguém tomava banho em um cômodo próximo de onde estava… Alguém que provavelmente passara a noite com ela…
Perplexa, colocou apressada a calcinha e o vestido de noite tipo “preto básico”, pegou um cigarro e acendeu nervosa, voltou a se sentar na cama, se esforçando para lembrar-se da noite passada.
Pensou então em procurar vestígios de seu amante pelo quarto, uma carteira, uma camisa, qualquer coisa que pudesse ajudar sua abalada memória.
Olhou pelo chão em volta e sob a bela cama de casal, engatinhando por ela, não conseguiu encontrar nada, e ainda sentiu náuseas devido a ressaca.
Viu-se obrigada a apagar o cigarro ou seu estado enjoado e ressaquento certamente pioraria.
— E agora…? – disse baixinho.
Deitou com a mão direita cobrindo os olhos até passar a tontura. Não lembrava mesmo de nada. Começou a pensar em algumas hipóteses, talvez se vasculhasse o armário ou a estante… Achou melhor não, ele (quem quer que fosse) poderia voltar a qualquer momento… E se saísse do quarto? Também não parecia uma ideia muito boa, poderia ter alguma surpresa desagradável como já havia acontecido antes, como encontrar pais, algum cachorro grande, ou até mesmo algum amigo maluco.
Tudo bem, pensou, vou esperar…
Deu uma vasculhada rápida na sua vida, apenas para passar o tempo e talvez lembrar de algo…
Seu nome é Renata Teixeira, 22 anos, estudante de cinema, atualmente sem namorado, mora com os pais, trabalha como gerente em uma pequena vídeo locadora, dois irmãos mais novos, Ricardo e Rebecca, uma gatinha chamada Moji (em homenagem ao famoso cineasta José Mojica, o Zé do Caixão), seus melhores amigos são Fred e Amanda, desde os tempos do colegial, os dois últimos CDs que comprou foram um do Belle and Sebastian e um do Chico Buarque, teve apenas dois namoros longos, por um desses lances do destino com dois Fabianos, adora sair na noite para beber e discutir filosofia, política e metafísica de bar com os amigos…
Tudo certo, mas ainda não conseguia…
— Peraí! – exclamou à meia voz, começando a pensar com calma — Ontem foi sábado, fizemos, como sempre, uma seção de vídeos na casa da Amanda, bebendo vinho e fumando como de costume… Mas esse não é nenhum dos quartos da casa da Amanda, aliás, tudo parece arrumado demais para ser de algum dos nossos amigos, são todos um bando de desleixados… Depois resolvemos sair de lá e fomos… Pra um barzinho novo, tinha um pessoal tocando, voz e violão… Lá encontramos uma galera da faculdade…
— Ai caralho, não pode ser… – Renata não conteve o espanto ao se lembrar na casa de quem estava.
Ela percebe então, a porta se abrindo lentamente…
(Parte 2 AQUI.)
hahahahahahaha….
elaine tbm nao te entendi dijavu porque?
Já esta terminada Eduardo.
Elaine..Dejavú porque?Já passou por isso é?? 😛
Dejavú…rs
Você vai terminar essa história né!?!?!?!?!?!?!!?!?!?!?!?